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Archive for the ‘Maria Cristina Gama’ Category

Joésia RamosContato para shows e CD: 79 3227 3284

Em seu mais recente trabalho “Levante-se Amor”, Joésia Ramos compõe músicas para os poemas de Maria Cristina Gama.

Desde 1981 a cantora e compositora segipana produz canções de variados ritmos e estuda as suas raízes, em busca de uma linguagem que expresse sua cultura e seu tempo.

O ano de 1997 traz o lançamento de seu primeiro CD, “De Passagem”. Em 1999 dirige e grava algumas faixas do CD “Imbuaça – 20 anos de Teatro de Rua”. O CD solo “Noites de Forró” chega em 2001.

Muitas das canções de Joésia foram gravadas por artistas sergipanos –como Rubens Lisboa, Chico Queiroga, Antônio Rogério e Amorosa– e por Lucina, Penha Pinheiro e o Grupo Saísse e os Bois, em âmbito nacional.

Desde seu lançamento durante o 1º Festival Sergipano da Música Popular Brasileira, a artista dedica-se ainda a compor e cantar para Teatro.

CD Levante-se Amor

Joésia Ramos: vozes, violão, violão ny e viola caipira

Maria Lúcia Dal Farra: voz

Dinho Dog: baixo

Saulo Ferreira: violões aço e guitarras

Alexandre Abraham: trumpete

Du Silva: violão aço, guitarra e náná

Igor Brasil: guitarra

Rafael Jr. – Carlos Ezequiel: bateria

Júlio Rêgo: gaita

Pequeno: percussão, vasos, derbak, pandeirola, conga,

bongô e efeitos

Lito Nascimento: bandolin

Agradecimento a Vigú

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Joésia

Lançamento do CD Levante-se Amor

Apresentando os Músicos:

  • Alexandre Abraham
  • Dinho Dog
  • Du Silva
  • Júlio Rêgo
  • Lito Nascimento
  • Pequeno
  • Rafael Jr.
  • Saulo Ferreira

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Músicas de Joésia Ramos

Poemas de Maria Cristina Gama

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Letras de Músicas

Levante-se Amor

Levante-se Amor,
porque a meta já espera
o jorro dos plurais singulares
amarrando égua ao meu cavalo
e lua ao meu sol.

E tanto hífen de vice-versa
que já eu pulo sobre o horizonte perfeito
dos seus divinos seios
e a divina seiva
elaborada dentro do tronco
sou eu tórax de madeira, areia, vento.

Texto: Nuno Fernandes Torneol – Séc. XIII,Canção de amigo, em galego-português
Voz: Maria Lúcia Dal Farra

A Chave

Joga fora a chave
e aí você se encontra
na porta sem chave e a porta abre
como um anel
num dedo que você perdeu
e o dedo é seu.
Apanha esta senha
apanha e venha
pro reino difícil
da arte do orifício,
sem buraco de fechadura
com a cara dura tão mole
de tanto sorrir e ir.
Venha, não apanhe lenha
e deixe esta fogueira queimar,
atenha-se ao essencial: amar.
Aprenda a não ter chaves consigo
além do seu umbigo.

Sânscrito

Amor, vou esconder as minhas mãos
debaixo das tuas
para nunca mais escrever poemas de amor.
Vou empinar o peito
para que não se coagule
o sangue derramado do meu coração
numa posição iogue.
E pacificamente vou entoar
o mantra de um
até que tu voltes.

Palhaço

A Dante Ladines

Palhaço pintado do nácar das ostras
e do borbulho efervescente do meu sangue.
Palhaço plangente, aramista
funâmbulo de sonâmbulo
de viver sonhando acordado
numa trilha do meu trem, amém!
Amei bailados e bailarinas
e o circo inteiro e o tabuleiro
e a vinícola
e a canícula.
E o tempo bom e o tempo sempre tão bem
e o tempo bem!
Amo assim seguindo
com as mãos e os pés de esgrimista
pelo todo que no coração não se contém.
E ao zero fui no globo da morte
com leões também.

1000 Cavalos Rimados

Eu caminho sob o sol
e não há nada que impeça seu raio
de entrar dentro de mim.
E assim quando a lua se dá
eu caminho sob a lua,
enluada
firme do sol apanhado.
Considero as marcas dos meus pés
grandes sinais que me abrem caminhos,
indicando obstáculos
por onde passo
de lua e sol plenamente amados.
E lá longe,
quando o cume das distâncias
é perfeito e se insinua,
eu tenho a pele curtida
de um céu sob o qual tenho vivido e andado.
Ando o passo que amo
amo o passo andado,
cavalos
sob o que rimam?
1000 cavalos rimados.

Os Dias

Quem ama cascas
não me interessa:
amo sumo, seiva, música
o toque da última hora
o último olhar
o primeiro beijo.
A luz do dia quando as cores do céu
o brilho do sol
o café, o pé
o tronco, o tronco
a árvore, o membro
os dias.

Sete

Ai, sete setas
os certos certos que me amem
amém.
Os dardos de outros
as outras setas
os mesmos sete.
Duas vezes elevada a espada em riste
e os pesos mais leves
inclusive os cruzados os cruzeiros
e os cem anos
e as guerras e as trevas
e as pestes.
Setenta e sete
meu amor
tua serpente vedete
teu beijo no ar
tua fotografia com chiclete
teu tetê
teu laçarote.

Amarelo Blue

Uma flor amarela abriu-se em mim
como se a vida fosse importante
para os pássaros que simplesmente
cantam
e as violas são tão minhas.
Tudo é tão um
tão meu quanto seu
assim
de um amarelo blue
e nós somos felizes

Bolo de Fumaça

A Wally Salomão

Bola de fumaça
minha palavra de argamassa prende-a
dentro da bota de léguas
dos cadarços do meu destino.
Também o copo cheio de chá
e também o último e definitivo chão
onde dançam os tipos
tipificados
de suas culturas e países.
E eu só, lá, lar
amor pastor, diamante
dinamite amante.

Manto de Vênus

Vem saindo
Jesus sorrindo
e o abstrato
e eu absoluta
concreta saio
vou aos vales
onde me vale o que me cobre e me despe
e Vênus cobre com o manto do amor
e sons de Shiva
e nada e tudo além
aquém
amém.

Despedida

A felicidade não tem a língua carregada de
palavras
e os olhos enchem-se de sílabas
e tudo fica na linha da neblina
e chovem as lágrimas sobre o solo do ser
no zinco de subsolo da solidão.

E o olfato do último abraço
e o tato de entrelaçamento dos dedos
pelos medos
e a visão carrega seus livros não escritos
como um vulcão de brasas
dentro do coração.

Já Era

Certa vez mais encantada
com o rolar dos nossos tons
encontrei a música
namorando meus dons.
E pus o que quis dentro de você
e me preencheu de sons:
os mais que sou no varar dos sóis.
E tanto corre ao encontro do meu abraço
que lhe faço samba e sombra no mapa
onde a mina se esconde
e o tesouro que destino ao nosso laço.
Já era, meu bem,
já era,
e o doce maior
fará uma morte ao contrário.
Já disse, amor, não foi
não vire este avesso
já é mais muito mais
e ouça e ouço
seu novo tom, novo
dom, novo ritmo.

Cartão–Postal

Querida,
Paris é tudo o que eu quis.
Tem Arte, gente e beleza.
O Sena é belo.
Mas o Danúbio é belo também.
Amei Viena e agora amo Paris.
Gosto de andar no metrô.
Às vezes me perco.
Não tenho mais desespero.
A gente sempre acaba se achando.
Em todos os sentidos, rápido,
porém profundo.
Carinho.

Furo no Nada

Tem que bater no meu momento
o seu tempo
para acontecer
da luz
colar no escuro e brilhar profundo
imenso como o mundo
um tão pequeno furo no nada.
Uma semente de riso ou lágrima
que vira fruto e salva.

Oráculo de Manga e Caroço

Estação mais nova é hora agora
porque ontem te pariu.
Eu pude sentir teu grande ventre
sem mãe sem mal sem maio
e sal e sol
só o nada grávido
navio na água do rio.

Em todo raso fundo lago pavio
água fogo raios e os passos envio.
Oráculo de manga e caroço
e o ouro nos raios de sol
os bichos as patas as asas os bichos
o lado da casa
o outro lado do disco.

Um risco no diamante
um dia amante
a série a enumeração
o cisco e meus livros.

Texto: Nuno Fernandes Torneol – Séc. XIII,
Canção de amigo, em galego-português
Voz: Maria Lúcia Dal Farra

Kleber Melo: Tema de introdução para violão de aço.

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Joésia Ramos: vozes, violão, violão ny e viola caipira
Maria Lúcia Dal Farra: voz
Dinho Dog: baixo
Saulo Ferreira: violões aço e guitarras
Alexandre Abraham: trumpete
Du Silva: violão aço, guitarra e náná
Igor Brasil: guitarra
Rafael Jr. – Carlos Ezequiel: bateria
Júlio Rêgo: gaita
Pequeno: percussão, vasos, derbak, pandeirola, conga,
bongô e efeitos
Lito Nascimento: bandolin

Agradecimento a Vigú

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Nesta quarta-feira, 28, a cantora e compositora Joésia Ramos apresenta em show o CD Levante-se Amor, no Teatro Tobias Barreto, às 20h30. Neste trabalho ela compõe músicas para os poemas de Maria Cristina Gama –sua parceira ao longo de 26 anos.

Com estilos variados, as músicas passeam pelo samba, reggae, rumba, bolero, bossa, maracatu, pop rock e blues. Joésia veste poemas e às vezes os despe, em um show que brinda o Amor. Levante-se Amor traz quinze músicas e a participação especial de Maria Lúcia Dal Farra, que canta e declama obra de Nuno Fernandes Torneol, artista do século XIII.

Há sete anos Joésia dedica-se ao seu Forró Rabecado, de natureza lírica e extremamente dançante. Com mistura de suas composições às de mestres da Cultura Popular como Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos e Alceu, Marinês e Elba, dentre outros, seu Forró Rabecado possui o espírito dos bailes e das festas-de-terreiro. “É uma versão eletrizante e cheia de balanço”, diz Joésia, acrescentando que traz novidades e muita pimenta boa para temperar o molejo.

Joésia apresenta os músicos Alexandre Abraham (trumpete), Júlio Rêgo (gaita), Saulo Ferreira (guitarras), Du Silva (violão aço), Dinho Dog (baixo), Lito Nascimento (bandolim), Rafael Jr. (bateria) e Pequeno (percussão).

Com muitos shows em Sergipe, pelo país e a fora e na Europa, muitas das canções de Joésia Ramos vêm sendo gravadas por artistas sergipanos –como Rubens Lisboa, Chico Queiroga, Antônio Rogério e Amorosa– e por Lucina, Penha Pinheiro e o Grupo Saísse e os Bois, em âmbito nacional.

A participação em CDs coletivos encontra destaque em Água Benta –ao lado de Gilberto Gil, Egberto Gismonti, Luli & Lucina, Tetê Espíndola e Bené Fonteles, e Êta Nóis!, este com Luli & Lucina, Marta Strauch, Flor do Campo, Jean e Paulo Garfunkel e Flor do Campo.

Desde seu lançamento artístico em 1981, durante o 1º Festival Sergipano da Música Popular Brasileira com Sol dos Meninos, Joésia Ramos dedica-se ainda a compor e cantar para Teatro. Seus estudos musicais buscam suas raízes e uma linguagem que expresse sua cultura e seu tempo.

Com o ano de 1997 veio o CD De Passagem. Em 1999, dirige e grava algumas faixas do CD Imbuaça – 20 anos de Teatro de Rua. O CD solo Noites de Forró aparece em 2001 e agora é a vez de Levante-se Amor.

Graças à Lei Municipal de Incentivo à Cultura (1719/91), o trabalho Levante-se Amor conta com o patrocínio da Prefeitura Municipal de Aracaju –Fundação Cultural de Aracaju, além das valorosas doações de A Eletricidade e Lamac.

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Show de lançamento do CD Levante-se Amor, dia 28 de novembro, quarta-feira, às 20h30. Teatro Tobias Barreto. Ingressos a preços populares na bilheteria do Teatro: R$ 10,00 inteira e meia R$ 5,00.

Músicas:

  • 01. Levante-se Amor
  • 02. A Chave
  • 03. Sânscrito
  • 04. Palhaço
  • 05. 1000 Cavalos Rimados
  • 06. Os dias
  • 07. Sete
  • 08. Amarelo Blue
  • 09. Bola de Fumaça
  • 10. Manto de Vênus
  • 11. Despedida
  • 12. Já Era
  • 13. Cartão–Postal
  • 14. Furo no Nada
  • 15. Oráculo de Manga e Caroço
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